30/11/2006 - Multa de 10% sobre FGTS vai acabar, mas
antes financiará casas populares, diz ministro
Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e
Gestão, Paulo Bernardo, afirmou hoje (30) que o governo pretende acabar com a
multa adicional de 10% que incide sobre
o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão sem justa
causa.
Segundo
ele, ainda não há previsão para que isso aconteça e, antes da mudança, os
recursos advindos dessa cobrança serão usados para subsidiar a construção de
moradias populares.
Desde
2001, o empregador que despedir um trabalhador sem justa causa paga uma multa
de 50% sobre o montante depositado no FGTS.
Desse total, 40% destina-se ao trabalhador e os outros 10% financiam o
pagamento dos expurgos dos planos Verão (1989) e Collor 1 (1990). A
regulamentação desse adicional veio com a lei complementar 110/2001, que não
estipulou data para o fim da cobrança.
De acordo com o ministro, o governo não quer tornar essa
multa um imposto fixo, já que a dívida que o governo tem com os empregados,
devido ao uso inadequado de índices de correção do saldo do FGTS na vigência
daqueles planos econômicos, já foi saldada.
“Essa
situação que a Justiça impôs ao FGTS já está equacionada e solucionada. Nós
poderíamos até tirar essa multa de 10% agora. A proposta é tirar, mas vamos
estabelecer um prazo antes de acabar com essa multa adicional. Esse dinheiro
será reservado para subsidiar a construção de casas para famílias de renda até
cinco salários mínimos”.
Na
avaliação dele, os recursos usados para o financiamento de moradias farão
crescer a economia. "E o próprio FGTS sairá ganhando com o aumento do
emprego na economia de maneira geral.
Paulo
Bernardo participou hoje (30) de manhã de entrevista pelo pool de rádio,
coordenado e produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República
em parceria com a Radiobrás.
Agência
Brasil
LLConsulte por Leonardo Amorim,
2006.