Publicado por
Leonardo Amorim em 09/04/2009 13:34
Proposta de reduzir jornada de trabalho e alíquota do FGTS foi rejeitada pelas centrais sindicais
Agência Brasil: Centrais sindicais descartam propostas de
flexibilização apresentadas pelo governo
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de reunião com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quatro ministros, representantes de seis
centrais sindicais descartaram as propostas do governo divulgadas hoje (8) pela
imprensa, que prevêem flexibilizações, como a redução da jornada de trabalho
sem corte de salários e a redução de encargos trabalhistas para empregadores
que não demitirem em tempos de crise, além de menor recolhimento do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Todas essa discussão que foi
fruto de uma proposta ou discussão levantada pelo Ministério da Fazenda foi
colocada de lado na reunião de hoje. O que queremos é discutir medidas como
redução da taxa de juros e medidas pontuais para os setores mais impactados
pela crise”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Arthur Henrique Silva.
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, chamou as propostas de “fantasma da Semana
Santa” e disse que a adoção delas significaria admitir uma crise generalizada.
Segundo Paulinho, as propostas foram descartadas. “Isso significaria que o
governo está admitindo que é uma crise generalizada e que teria que mexer com
direito do trabalhador para superar a crise. O presidente entendeu que é um
erro. Há uma crise setorizada e, para cada setor, o remédio é diferente”.
Segundo o presidente a Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Fernandes Neto, esse não é o
momento de promover mudanças nos direitos dos trabalhadores. “No momento,
precisamos fortalecer o mercado interno, e isso não acontece tirando direitos
dos trabalhadores”.
O ministro do Trabalho, Carlos
Lupi, afirmou, após a reunião, que nenhuma proposta do governo será posta em
prática antes de estar acertada com as centrais sindicais.
Além de Lupi, participaram da
reunião os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel
Jorge, Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e Luiz Dulci, secretário-geral da
Presidência da República.
LLConsulte por Leonardo Amorim,
2009.